sábado, 13 de novembro de 2010

Frágil como ando, não sei bem aonde vou. Essa revolta interna me deixa meio incoerente, indecente, impaciente. Me deixa in. Me deixa on. Me deixa off.
Me deixa dentro, ou te deixa fora. Me deixa por cima, me deixa de lado, me deixa afastada. Offline, desligada de você. Quem me dera. Quem me roubou? Será que o que falta em mim tem em você?
Será que tem o suficiente pra mim e você? Me dá um pedaço? Me empresta, te devolto.
Deixo cobrar juros, correção monetária e o que mais vier. Cobre.
Aço. Ouro. Chumbo. Do que será que é feito seu coração?
Nunca saberei. É como mamãe diz: Coração dos outros é terra que ninguém pisa...

intenções

Nunca quis te machucar. Nunca quis partir. Não, não amor, eu quero ir para Verona com você. Pensei em te telefonar mas não tive tempo. Um dia eu vou até a Lua buscar o que for pra você. Sempre quis você do meu lado. Queria ver o seu sorriso mais uma vez.

Meu deus, quantas vontades, promessas e blá blá blá. Ninguém nunca te ensinou que é feio mentir?! Que não se fazem promessas que não podem se cumprir?!
Não né, você só estudou naquela maldita escola da malandragem. Pena que meus preferidos fizeram Ph. D. lá.
Suas intenções são sempre boas. Mas de intenções boas, meu baú e o inferno estão lotados.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

culpa

me sinto meio culpada, porque eu tenho a impressão de que se eu não tivesse mexido com a sua vida, ela estaria como antes. como se a sua ida tivesse sido por causa disso.
sei lá, você teria menos gente com que se preocupar.
é só isso hoje, um pequeno desabafo de uma alma meio perdida.

sábado, 6 de novembro de 2010

não pensa

Sinto a sua falta. Sábado sem os seus toques. Uma vontade de lembrar do que nunca aconteceu. Será que você sente a minha também?
Não chora, não deita na cama para pensar no que perdeu. Pensa no que vai que vai ganhar. Não pensa em mim.Só comigo pode doer tanto.
Eu te amo, pense nisso como um consolo. E não chore.
Não me esqueça. Mas não pense em mim.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

sobre tudo e você

É que é tudo você. Tudo me lembra você. O cheiro do seu perfume vem quando eu coloco a cabeça no travesseiro. Os vultos apressados na rua são todos seus, o seu rosto está em toda parte.
Hoje eu vi um bebê sorrir, mas por um breve instante, alguma coisa ali me lembrou você. Acho que era aquela pureza engraçada de se ver em um sorriso masculino.
Escutei músicas que foram feitas pra gente. Me peguei pensando como seria se você estivesse aqui do meu lado agora, se elas fariam tanto sentido. Darling, espero eu que não.
É que depois você me vê vermelha e acha graça. Mas você provoca. Já sinto saudades da sua risada sapeca, do seu olhar apaixonado. Do seu sussurro de pé de ouvido.
Sinto falta de você me chamando de fresca, e cada vez que eu olho pros meus dedinhos do pé, me lembro de ti.
Tudo me lembra você.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

relógio

Eu olho pro relógio. Cada segundo que passa merece uma lágrima. Como se dissesse: Fui roubado da sua relação. Cada um deles. Como se cada segundo que passasse, ao invés de ser 'mais um', vira 'menos um'.
E eu espero que valha a pena pra você, a minha dor e a sua dor. Que elas no fim só não nos deixem nos desaproximar, sem importar essa dor infernal e a falta incrível que você me faz.
Que você sinta prazer em perseguir isso que você quer, e que me veja nisso também. Que quando você escorregar no gramado depois de um dia de chuva, cada simples grama seja um toque meu, e que você veja nisso força pra levantar. Porque é pra isso que eu estou aqui, pra te por pra cima.
Que você tenha pra quem voltar, porque eu sempre vou estar aqui. Sem te desapontar.
Como eu tenho certeza que você nunca fará. Como eu tenho certeza que vou sentir uma felicidade de maneira sub-consciente e não vou entender, cada vez que você fizer um gol. E eu vou sorrir quando for ao médico e constatar que eu continuo baixinha. E com esses pequenos lembretes, a gente aguenta. Com esses pequenos lembretes, a dor atenua. Com esses pequenos lembretes, a distância desaparece.

Só não deixa o amor morrer.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Letras


Criatividade anda se dissipando. Falta de concentração a mil, nenhuma palavra combina com a outra. Queria entender porque até minha confusão mental tem formato de poesia. Porque os textos agora saem todos iguais e você permanece na minha cabeça? As vezes forçar as letras no papel não é bom. As vezes elas não deviam aparecer por aqui. Quando se tem tempo contado pra fazer o que se ama, não se faz tão bem. Se faz forçado, não de modo automático. Minha letra piorou, não é mais redonda. Talvez eu aprenda a usar caixa alta. Talvez a confusão que está aqui dentro vá embora quando as linhas curvas das letras forem embora. Vou jogá-las fora, só pra ver se dá certo.